Sim, um alerta atemporal, por assim dizer. Após muito tempo de leitura, enfim, cheguei ao seu final. Posso dizer que é um final mais dramático do que o próprio desenrolar da história.
Tendo acompanhado a história do protagonista a cada relato de dominação, opressão e tentativas de fuga desse regime, acredito poder afirmar que o totalitarismo me assusta. Trazendo a figura de um movimento tão tenebroso para os dias atuais, percebo que existem semelhanças reais com sociedades que conhecemos, mas não seria incorreto dizer que as redes sociais atuam de forma igual, mesmo que sutilmente.
Nesse ponto, perceba que um dos slogans do partido é “escravidão é liberdade”, logo, se você faz parte do meio, está seguindo um movimento muito maior e mais complexo de ser aniquilado, já se está sozinho poderá e será extinto mais fácil e rapidamente.
Eu me senti assim quando me obriguei a não utilizar o WhatsApp. O sistema social, tal qual existe, força você a estar conectado o tempo todo. Por diversas vezes, me foi questionado a minha motivação, isso quando não fui confrontado a obrigação de uso. Veja o exemplo de um banco estatal que te obriga a usar o 2FA por WhatsApp, do contrário, você não terá acesso ao banco. Em resumo, se não usar o serviço que agrega todo mundo, você não terá a liberdade de fazer o que quer fazer.
E assim vamos vivendo em um sistema de totalitarismo mascarado. Onde, mesmo que você não perceba, está seguindo as normas e diretrizes do “partido”. Esse mesmo “partido” que pouco se preocupa com você, pois para ele, você é apenas mais um número.
Aqui vale lembrar que 1984 foi e ainda é um livro aclamado pela crítica, uma excelente referência ao que devemos estar atentos e lembrar que nossa liberdade é de vital importância.
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